sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

INCREDULIDADE E DÚVIDA



Há uma diferença clara entre incredulidade e dúvida. A incredulidade é uma recusa deliberada a crer. Nasce do desejo de rejeitar o que é verdadeiro sobre Deus por motivo de conveniência. É olhar para Deus, não se agradar do que se vê e recusar-se a confiar. Há volição na incredulidade. Parece quase impossível que uma coisa como essa aconteça. O que levaria uma pessoa a sufocar a verdade que dá sentido à própria existência? Porém, a Bíblia ensina com clareza que há algo como a incredulidade. Os incrédulos tomaram conhecimento da verdade e não se agradaram dela. Nem todo o que crê em Deus ama o que sabe ser verdadeiro. Os demônios crêem e tremem. Sua fé só serve para aterrorizá-los. Uma coisa é saber que Deus existe. Outra coisa é amar a Deus. Apologistas cristãos precisam saber disso. Levar uma pessoa a crença na existência de Deus e veracidade do cristianismo não é suficiente. Todo o ser humano carece de uma obra do Espírito Santo no coração, por meio da qual as afeições são afetadas numa tal extensão que, o homem é levado a amar o que passou a saber ser verdadeiro sobre Deus.

Já a dúvida é uma fraqueza e doença da fé. É algo que vem e contra o que o crente luta. A dúvida representa a batida à porta da mente e do coração de alguma idéia que exige crença – fé em algo que representa o exato oposto do que Deus ensina na sua Palavra. Há fé na dúvida, pois ela sempre implica na crença em alguma coisa. Por isso que duvidar da dúvida é essencial na vida cristã. Em geral, a dúvida aproveita-se das circunstâncias da vida para prevalecer. Toma o crente de surpresa naquelas horas em que vida e teologia parecem não se harmonizar. 


Extraído do livro: Ansiedade: quando o homem duvida do caráter de Deus.

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